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sábado, 9 de junho de 2012

Imagine Belieber - parte 51

Acho que do cochilo, acabei dormindo. Não escutava mais nada... Mas esse sono, é diferente. É profundo, é escuro, é sombrio. Até me trouxe paz!


 - Está acordando! Vou chama o doutor...

  Aquela paz que eu estava sentindo em meu interior foi interrompida por uma forte dor e um alto barulho. Abri os olhos não entendendo o que eu via e aonde eu estava. Analisei a mim mesma.. Olhei pros meus braços, cheios de arranhões e machucados, minhas mãos doíam demais e movimenta-las era quase impossível, o mesmo com minhas pernas; meu braço furado, o soro pingava gota a gota, devagar. Olhei ao meu redor e vi só um armário, um sofá e uma cadeira. Sabia que era um hospital. Eu tentava mover meus braços, tentativas que me frustavam por não ter sucesso.

Você: Que droga! (eu disse em voz baixa)

Eu estava em pânico, não conseguia gritar, se não já havia feito. Estava desolada. Sozinha em uma cama de hospital. Estava fraca demais. Fiz um movimento com a cabeça e senti que tinha um machucado na testa. Não lembrava como tinha ido parar ali, só sabia que queria sair o mais rápido possível daquela geladeira branca. Mas estava impossibilitada.A enfermeira entrou sem bater. Tinha os olhos grandes e era magra. Era bem magra.

Enf: Olá, (ela olhou em sua prancheta) (seunome)
Você: Ã? Olá? O que está acontecendo? Porque eu estou aqui? Cadê meus pais? Minha amiga?
Enf: (ela cuidadosamente largou a prancheta na cadeira e começou a mexer no soro) Você sofreu um acidente de carro. Não se lembra de nada?
Você: Acha mesmo que se eu me lembrasse estaria lhe perguntando? (falei incrédula)
Enf: (me olhou com o canto do olho e não conseguiu conter um pequeno riso) Bem, só posso lhe dizer é que você sofreu um acidente grave de carro e chegou desacordada
Você: E quem estava comigo?
Enf: Eu não sei de muita coisa (ela ficou em silêncio) o motorista é o que está em pior estado

Senti meu estômago embrulhar. Abaixei a cabeça e não consegui controlar os pensamentos negativos. Percebi ela sair da sala e fiquei pensando por que não perguntei mais para ela. Queria tanto me lembar e quando tive a oportunidade de saber, desperdicei. Mesmo ela tendo dito que não sabia de muita coisa, algo ela ia me dizer. Fiquei um instante olhando para o teto branco tentando recordar o que acontecera. Nada! O máximo que me lembrava era estar viajando para meus avós e dormir. Já estava ficando de saco cheio daquela recordação que não me dizia nada. A porta abre novamente e um médico entra. Era alto e lembrava Ashton Kutcher. Olhou fixo nos meus olhos e anotou algo em uma prancheta. Sorriu e veio checar o soro.

Você: Doutor? Preciso de respostas
Dout: (ele terminou de checar o soro e se virou para mim) Acho que posso responder algumas... Depois que colaborar comigo fazendo alguns testes
Você: Testes?
Dout: É! Primeiramente me diga se consegue levantar e dobrar os braços
Você: Não
Dout: Tente
Você: Já tentei. Olha (tentei novamente) dói demais. Mas talvez se não tivesse todas essas agulhas enfiadas no meu braço eu conseguiria
Dout: (ele riu e anotou algumas coisas na prancheta) E as pernas?
Você: Eu não tentei ainda. Espera (tentei dobrar as pernas, mas só consegui levanta-las um pouco) foi o máximo
Dout: Uhum (ele voltou a anotar) Você consegue mover o pescoço?
Você: Acho que sim (com dificuldade eu consegui)
Dout: (ele sorriu e anotou) Os dedos dos pés e das mãos, tudo certo?
Você: Dos pés sim, das mão nem tanto
Dout: Ok. (ele ficou anotando por um bom tempo)
Você: Agora é a minha parte do trato. Eu não lembro de absolutamente nada. Tenho muitas perguntas. O que aconteceu?
Dout: Um acidente de carro, grave. (eu fiquei olhando esperando mais, e ele entendeu) O acidente em detalhes eu não saberia narrar. Só sei que o motorista estava em alta velocidade, em uma curva não conseguiu diminuir a velocidade, bateu forte em um carro e capotou
Você: (me deu uma falta de ar e as palavras mal saiam) E, todos sobreviveram, certo?
Dout: (ele pareceu hesitar e olhou na prancheta) Sim, todos sobreviveram
Você: Me diga o estado de cada um
Dout: O motorista, (ele leu na prancheta) seu (nomedoseupai) é o que está em pior estado. A dona (nomedasuamãe) bateu forte a cabeça entre outras coisas. E (nomedasuaamiga) estava sem cinto de segurança e as pernas é a pior parte pra ela
Você: Eles estão acordados?
Dout: Agora apenas (nomedasuaamiga). Está igual você, não para de fazer perguntas

Nossa conversa foi interrompida pela enfermeira que entrou sem bater. "Cadê a educação minha filha?" me segurei pra não dizer.

Enf: Oi Dr. Richard, como estamos? (ela deu um sorrisinho e olhou para mim)
Você: Ah, então esse é o seu nome
Rich: Sim (sorri) Por aqui tudo bem, não é?
Você: Só se for pra vocês. Não consigo me mover (tentei me ajeitar)
Enf: Ei mocinha, isso é proibido (ela sorriu docemente e me ajudou) Tem que pedir ajuda. Qualquer esforço a mais pode piorar a sua situação
Você: Pior do que já está? (suspirei e olhei pro doutor) Doutor, o que vai acontecer agora?
Rich: Bom, agora você vai ter que fazer uns exames. Eu vou indo ajeitar uns papéis e a senhorita aqui (ele colocou a mão no ombro da enfermeira) vai te ajudar a se arrumar (ele sorriu e saiu)
Você: Eu odeio este lugar
Enf: Sabe, eu também (ela abriu o armário e pegou aquelas camisolas feias de hospital)
Você: Eu não vou vestir isso
Enf: Você já está vestindo, só vai trocar
Você: (olhei pra mim mesma) Eu abriria um hospital, só pra mudar essas camisolas que parecem cortina de banheiro por uma coisa mais estilosa
Enf: (ela riu) Vem, vamos levantar (ela colocou meu braço no pescoço dela e me ajudou a sentar na cama)
Você: Odeio depender dos outros, me da agonia. Deixa eu tentar tirar essa camisola (me esforcei para tentar tirar a camisola, que estava lá nos pés de tão grande)
Enf: Não não não. Nem pense nisso (ela foi tirar e eu olhei tipo "O QUE?') Olha pra cima
Você: Porque?
Enf: Você precisa
Você: Ok (hesitei mas olhei pra cima enquanto ela  me ajudava a tirar a camisola e colocar a outra) Porque eu tenho que olhar pra cima? Não posso ver meu corpo?
Enf: Não é isso... É que... Você não pode se inclinar
Você: Ah, qualé. Você deveria saber mentir melhor. Anda, deixa eu ver minhas pernas
Enf: Para com isso, temos que ir
Você: DEIXA EU VER! (falei alto) Por favor, eu quero ver
Enf: Não tem nada (ela mal terminou de falar e eu levantei o que eu consegui da camisola e vi algo terrível. não podiam ser minhas pernas, elas estavam totalmente roxas e cheias de feridas, machucados grandes, não sei como não doíam)
Você: MEU DEUS! Minhas pernas
Enf: Você sofreu um acidente grave de carro, essas coisas são normais

Fiz a porcaria do exame e o doutor insistia que eu dormisse. Mas eu não podia, não queria, não conseguia sem ver minha mãe, meu pai e minha melhor amiga. Preciso pelo menos pegar na mão deles. Pelo jeito ninguém nesse hospital me entende, ninguém deixa eu ver eles. Dormir era impossível, então fiquei sentada olhando pro teto, tentando lembrar de alguma coisa e rezando pra Deus cuidar de todo mundo. Só quero que esse pesadelo passe... Estava distraída com meus pensamentos e o Dr. Richard entra, larga a prancheta e começa a analisar o soro

Rich: Não dormiu né?
Você: Não tem como
Rich: Porque, a cama é muito ruim?
Você: É. Mas não foi por isso, é que eu preciso ver minha família
Rich: Eu sei (ele foi pegar a prancheta) mas no momento isso não é possível
Você: Porque?
Rich: (ele anotou algumas coisas, se sentou e ficou me olhando) Olha, você é a que está em melhor estado. Está acordada, consegue conversar, fez os exames sem nenhum problema, mas seu pai ainda está inconsciente e sua mãe não consegue falar direito
Você: Eu só preciso vê-los
Rich: (seunome) ainda não é o momento. Tenha calma
Você: Você me disse que (nomedasuaamiga) estava igual à mim, e que não parava de falar
Rich: E está! Mas foi muito difícil pra ela fazer os exames e demos uns remédios para ela dormir. Mas e você? Como está se sentindo?
Você: (olhei séria para ele)
Rich: (ri) Ok, já entendi, mas o que eu quis dizer é se dói muito e em quais lugares
Você: Essas agulhas enfiadas no meu pobre braço não ajudam muito. Nas pernas eu sinto uma dor de leve, o que não é normal levando em conta como elas estão. Aliás, doutor, o que houve com as minhas pernas?
Rich: Você teve muito contato com o vidro, creio que isso foi o que machucou mais. Mas e na parte do pescoço pra cima?
Você: Meu pescoço me da sensação de estar petrificado, mas eu consigo meche-lo muito bem. Minha testa também e parece que está inchado. Não vi meu rosto ainda, quero ver
Rich: (ele olhou pros lados) Não tem espelho aqui, teria que te levar ao banheiro, e sabe, estou tão cansado (ele se esparramou na cadeira)
Você: Vejo que os médicos também são sarcásticos
Rich: (ri) Espera (foi até o armário, pegou um espelho e trouxe até mim) Olhe-se
Você: (meu rosto estava todo machucado, inchado. estava muito feio. minha primeira reação foi de susto, eu ia gritar e chorar mas me contive) Uau, mais uma surpresa. Tem mais alguma coisa sobre mim que eu não saiba?
Rich: Eu pensei que você soubesse, a enfermeira devia ter te mostrado
Você: Sério? Então devia ter uma conversa com ela. Ela não queria nem que eu vesse minhas pernas. Sorte que sou uma menina muito persistente
Rich: (ri) Pode deixar, vou chama-la para uma conversinha (ele fez uma cara de bravo e eu tive que rir) Vou ir ver como andam as coisas com seus pais e sua amiga e volto te falar, ok?
Você: Vou ficar esperando
Rich: (ele olhou o relógio) Acho que daqui a pouco vão lhe trazer algo para comer. Até você terminar eu volto
Você: (fiz cara de nojo) Prefiro ficar sem comer
Rich: (ele riu) Eu te entendo. Comida de hospital, eca
Você: É, pode avisar a quem vai trazer que nem se de o trabalho
Rich: Pode ser ruim, mas você precisa se alimentar

Ele saiu e mais uma vez fiquei sozinha. Ele era uma boa companhia, pelo menos eu conseguia conversar, quando ele saia tinha que ficar olhando teto e pensando na vida, o que me deixava mais mal ainda. A enfermeira entrou, toda desajeitada carregando a bandeja com comida e alguns remédios. Colocou a bandeja em cima de mim e deu um sorrisinho

Você: Dr. Richard não avisou? Não estou com fome (empurrei de leve a bandeja)
Enf: Mas precisa comer, vai tomar alguns remédios e não pode estar de estômago vazio
Você: Eu não estou com fome, e esta comida não ajuda muito né? (apontei pra comida/vômito)
Enf: Também acho (ela riu, tentando ser simpática) mas é o que tem. Vamos, coma. Nem que seja cinco colheradas
Você: (hesitei) Três!
Enf: Quatro!
Você: Três ou nada
Enf: Três e meia?!
Você: (revirei os olhos, puxei a bandeja e comecei a comer)
Enf: (ela deu um sorriso de vencedora e saiu separar os remédios)
Você: Juro que a ultima coisa que vou fazer nesse hospital antes de ir embora, vai ser conversar com as cozinheiras (falei de boca cheia)
Enf: (ela se virou com alguns comprimidos na mão e riu) Toma com a água (ela foi me alcançando de 1 em 1)
Você: Primeira vez que fico feliz de tomar remédio
Enf: Porque?
Você: Pelo menos tirou o gosto da comida
Enf: (riu e me entregou outro)
Você: Ei, você sabe o que aconteceu com meu celular?
Enf: (ela se levantou e foi até o armário pegar mais remédio) Acho que obviamente ele estragou
Você: Ah não, o meu bebê (ela veio com o remédio na colher, cuidadosa pra não derramar) Ai que coisa horrível! (tomei muita água)
Enf: Ei, não tome muita água. Não pode (ela tirou o copo de mim)
Você: (limpei minha boca) Você tem notebook?
Enf: Não aqui, porque? (ela ajeitou as coisas na bandeja)
Você: Nada não...

Ela saiu e eu acabei tendo como última opção dormir. Tive muitos pesadelos, e no outro dia acordei com o Dr. Richard entrando

Rich: E ai, como vamos hoje? (ele verificou todos os aparelhos ligados em mim)
Você: Porque não colocam uma TV nos quartos?
Rich: (ri) Não sei, posso perguntar para alguém. Porque?
Você: Você sabe o que é ficar trancado em uma sala branca, sem poder se mexer direito, tendo que ficar olhando pro teto?
Rich: Acredite, eu sei (ri) E o jantar, como estava?
Você: Maravilhoso (dei um sorrisinho irônico e ele deu as costas e mexeu nas sacolas)
Rich: Sério que foi tão bom assim? (ele parecia estar preparando algum remédio)
Você: Você nem imagina...
Rich: (riu e veio com uma agulha)
Você: Ai que medo
Rich: Não dói

Ele me deu algumas "vacinas", alguns remédios e fez aqueles testes que ele havia feito

Rich: Viu? É tudo rapidinho
Você: Aham... Quando eu vou poder ver meus parentes?
Rich: Daqui uns dias. Você deve ficar atordoada nessa sala sem fazer nada né?
Você: Com certeza
Rich: Posso te ajudar, se você me ajudar. Mais um combinado, que tal?
Você: Pode falar
Rich: Te arrumo algo pra fazer, TV, computador, não sei... Se você colaborar em fazer todos os exames direitinho e não ficar perguntando sobre seus familiares
Você: É importante pra mim saber deles... Mas ok... TV e computador não, eu mal consigo mexer os braços e TV não me interte por muito tempo
Rich: (ele parecia pensar) Lhe ajudo na comida!
Você: Fechado (ri)
Rich: Isso fica entre nós, ok? Ninguém pode saber (ri)
Você: Pode deixar ("fechei o zíper da boca")


Fiquei tão feliz. Pelo menos um médico legal, nessa porcaria de hospital. Na hora do almoço, me trouxe lasanha. Ele se sentou me fazer companhia, comendo pastel. Ele se tornou um amigo pra mim. Conversamos muito. Ele era novo, tinha 29 anos. Me contou que tem uma filha de 4 aninhos e que ela é um amor. Me mostrou fotos dela aprontando as maiores artes. Contou que ele tinha uma família feliz com sua esposa e uma filha. Porém sua infância não foi das melhores, e foi aí que eu descobri que tínhamos algo em comum. Seu pai era bêbado, o meu também, era. Ele me deu conselhos do tipo "nunca deixe de ama-los" "todo mundo tem seus defeitos" "pais são pais", etc. Infelizmente ele "estranhou" meu nome, e disse que já tinha lido ele em algum lugar. "maldito Justin" - pensei. Ele estava com uma desconfiança até que ele teve coragem e me perguntou. Confessei ter sido namorada do Justin mas que tinha acabado. Não quis falar muito no assunto, apenas pedi pra que esse fosse outro segredo nosso.


*Justin mode on* 


Digamos que aquela ligação dela não  me fez tão bem quanto esperava. Saber o porque tirou algumas perguntas da minha cabeça que me atormentavam, mas agora o que me persegue é saber que tudo não passou de um mal entendido. Que nada disso deveria estar acontecendo. Os últimos dias vem sido difíceis pra mim. Tenho que fingir estar tudo bem, sorrir, brincar, me concentrar na música, fingir estar bem, quando por dentro estou desmoronando. A música com Ashley já havia sido gravada. Significa que logo logo vou poder contar pro mundo todo, o porque eu me encontrava com ela "as escondidas"

Sco: Justin, tenho boas e más notícias
Jus: A má primeiro
Sco: O lançamento da música vai ter que ser adiado
Jus: Porque?
Sco: Deu uns problemas com a gravadora, depois te explico. A boa, na verdade é mais uma pergunta. Que tal um show na Argentina?
Jus: Quando?
Sco: Mês que vem. E já vou lhe adiantando. Depois desse vão vir mais, agora a folga de shows acabou
Jus: Beleza

Argentina é do lado do Brasil, quem sabe não visito o Brasil, é um país tão lindo, não é?



CONTINUA




Respostas aos comentários:



Palooma ~ Justin Biebeer: Obrigada bb <3




Eveelyn_dsilvaa: ~SDKGASDLJGASD SOU MÁ. Ela não morreu haha capaz que eu ia matar ela   kk 

4 comentários:

  1. aain que divoo amiggga, continua pleease!
    sério muito peerf ! aain faz o juuus apareceer com ela logoo mininnaa ! huunf , desculpanão ter comentado antes , é que tava de castigo
    uu..uu
    ashuashuahsua' tchamu Laa (:
    @eveelyn_dsilvaa
    sua fã numero um (::

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  2. ta otimaaa amooor
    continuaaaaa
    please !!!!
    beijoo
    @justinswaagyy

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  3. Posta minha Poia!!!!

    Continua
    oooooo vmorreeeeee

    Carol

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  4. Eupensei q ela tinha morrido vey!!!

    Julia

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